quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Mundo Submerso - Nayara Kobori
Não me lembro de nada depois do clarão. Um barco, tentáculos gigantes me engolindo e depois, o mar dissipou-se em terra. Cuspi a areia que havia engolido e senti o frescor de grama em meus dedos. Levantei-me ainda encharcada a procura de meu barco. Nada encontrei. Eis que surgiu um Dodô falante fumando cachimbo. Ele me estranhou no começo, mas logo virou meu amigo.
- Então, você não sabe o que houve? – disse-me o Dodô.
- Não... E preciso encontrar meu barco!
- Já procurou olhar para cima?
Virei a cabeça e o mar estava em cima de mim. Peixes e criaturas marinhas nadavam a uns quinze metros acima de minha cabeça. Era como se houvesse um enorme vidro cobrindo aquele lugar onde estava o mar.
- Só lhe digo uma coisa, Olívia, continuou o Dodô, após uma longa tragada em seu fumo, cuidado com os porcos assassinos, Eles não perdoam, matam! Alimentam-se do seu sangue em sete dias. Fique longe deles, menina! Bem, preciso ir, Olivia. O tempo passa rápido e é curto. Procure o ferreiro, ele iráajudá-la.. É um bom homem.
A ave estranha saiu em direção a uma floresta. Sumiu. Mas, ela tinha me passado confiança. Decidi procurar o ferreiro sobre o qual me falara. O problema é que não sabia por onde começar. E se me deparasse com os porcos? Olhei para cima novamente, e lá do mar, um peixe dourado me observava com os olhos arregalados. Acenou a barbatana.
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